4 de maio de 2010

Cidade do Amor. Parte II

PRIMEIRA PARTE
Eu saí dali sorrindo, olhando por todos os lados, tentando ver alguém que eu pudesse amar. Nada. Todos eram desconhecidos. Ou apenas conhecidos. "No amor não se escolhe. Não tem o certo nem o errado. Apenas existe"- Lembrei do que a ruiva radiante havera me dito a cinco minutos antes. Já se passavam das sete da noite, eu tinha que volta para casa.
No dia seguinte, tudo me parecera tranquilo. Foi quando me lembrei do que eu havera visto e ouvido. Sem pensar duas vezes, saí, em busca do amor da minha vida.
Eu não queria que ele fosse qualquer um, queria que fosse especial. Desisti. Ninguém era suficientemente bom o bastante para dividir comigo a emoção de estar naquele belo lugar.
Alguns anos se pass
aram, e eu havera me esquecido de tudo aquilo. Talvez fosse um sonho de criança que agora era só mais uma mera lembrança já esquecida.
Eu não sabia o porquê, e nem como isso aconteceu. Mas simplesmente aconteceu. Eu nem nunca tinha falado com você - ou talvez quando eu era menor, mas não tinha certeza - e simplesmente aconteceu. Quando me dei conta eu estava apaixonada por aquele garoto que eu nunca havera trocado uma idéia antes, mas eu estava apaixonada. Ele era comum. Como todos os outro que eu já vi antes. Mas para mim, ele era muito especial. Foi aí, que puxei alguma coisa da caixinha de lembranças do meu coração. Lembrei que tinha um casal. Lembrei de mais alguma coisa. Lembrei que tinha casinhas lindas como eu sempre sonhara. E depois me lembrei da ruiva. E foi aí que consegui puxar tudo sobre a 'Cidade do Amor' da minha caixinha de lembranças. Eu sabera onde ficara. Era no país do 'Coração'. Eu iria para lá com ele a todo o custo. Eu só queria ser feliz como aqueles dois...
Eu o levei até mesmo ele resmungando, e não entendo absolutamente nada.
- Onde está me levando? - perguntou-me ele.
- Eu não sei direito. Eu só sei que é o melhor lugar que eu já vi na minha vida! Vamos! - respondi. Eu estara com um sorriso maior do que qualquer outro, e a felicidade em meu coração maior ainda.
Chegamos aquele portão dourado e com a fechadura em formato de coração que eu havera visto há alguns anos antes. De longe, vi a figura de uma bela ruiva. "Acho que é ela!" - pensei. Alguns segundos depois, ela estara na nossa frente. Ela continuara a mesma desde a minha última vez ali. Apenas alguns anos acresentaram-se em sua forma, mas ela continuara linda e reluzente.
- Olá. Eu me lembro de você. Esteve aqui há alguns anos, não foi? - ela sorriu e disse.
- Sim! Nossa, não sabe como estou muito feliz de estar aqui! - Eu sorri, empolgada.
- Bem, vejo que trouxe alguém contigo. - ela olhou para ele ainda sorrindo. Um sorriso gentil.
- É! Eu trouxe! Esse é o V.! - eu sorri, apertando minha mão contra a dele.
- Oi. - disse ele ainda um pouco espantado.
- Olá. - disse ela, gentilmente. - Bem, agora que já são um casal, posso lhes entregar a chave. - Ela tirou de dentro da cesta que carregara uma chave dourada, com um coração. Neste coração, estara escrito o meu nome. - Está é a sua. - Ela estendeu a mão, passando através das grades douradas do portão e deixou cair na palma da minha mão esquerda. - E está é a sua. - ela se virou para o V. e lhe entregou uma chave igual a minha, só que com o seu nome entalhado nela. Olhei para ele e sorri. Ele sorriu, mas estara meio confuso.
- Vamos? - perguntei, sorrindo para ele.
- Tá, ? Vamos. - respondeu ele.
Peguei a minha chave, e coloquei na fechadura a minha frente, e a virei. O portão abriu-se automaticamente. Passamos pelo portão. Aquilo parecera incrivelmente melhor do que do lado de fora. Era encantador. Caminhamos até o final da calçada e paramos por ali durando breves segundos.
- Sejam bem-vindos. - disse a ruiva, chegando perto de nós. - Meu nome é Emily Passion, e sou a prefeita da cidade. Ao contrário de todos os outros prefeitos, sou eu a encarregada de recepcionar todos os novos moradores.
- Um minuto. Seu nome é Passion? - interompi.
- Sim. - ela sorriu. - 'Paixão' em inglês. Aqui todos os governantes e nobres recebem nomes de sentimentos relacionado ao amor.
- Ah, que genial. - comentei.
- Sim. É genial. - ela deu uma breve gargalhada. - Bem, deixe-me ensiná-los o mapa da cidade. - ela andou, e nós a seguimos. - Este é o parque central. Um dos melhores lugares da cidade. - Chegamos do outro lado da rua, naquele parque em que eu avistara o lindo casal há alguns anos antes. - Ali é a padaria, e do lado é o StarBurcks. - ela apontou para a direita do portão de entrada da cidade.
- Eu não sabia que aqui tinha StarBurcks. - disse.
- Pois temos. Sabe, muitos casais se encontram num StarBurks, como em filmes. Virou um ponto do Cupido, diria. - Ela gargalhou novamente. Ela nos mostrou vários outros pontos principais da cidade. - Bem, chegamos á casa de vocês. - Ela sorriu. - "Nossa" casa era amarelinha, do lado leste do parque principal. A terceira casa. - Bem, esta aqui a chave de vocês. Se não gostarem, me encontrem na prefeitura atrás destes prédios. - ela apontou para os prédios no fim da rua atrás do Parque Central e nos entregou a chave. - Deixem-me ir. Tenho muitas coisas ainda para resolver. Obrigada. - Ela sorriu, e saiu andando na calçada bege em que estávamos.
- Pronto? - perguntei a ele.
Ele não disse nada. Apenas balançou a cabeça afirmando um "sim". Então caminhamos até a porta de nossa casinha amarela.

To be continued.