27 de abril de 2010

Cidade do amor.


Eu não sei exatamente a sua história, nem como foi formada, mas sei que ela existe. Eu não busquei ela, mas ela me encontrou. Ela tinha uma fechadura em formato de coração em seu portão de entrada. As coisas lá, eram bonitas vistas de fora. Eu havera me encantado pela sua beleza, olhando do lado de fora, entre as grades do portão. Os casais, num típico piquenique de sábado, se divertindo, trocando olhares e carinhos. As casinhas do oeste eram rosa clarinhas, e do leste, amarelinhas. Com cerquinha branca, caixinha de correio americana, gramados verdinhos, e um caminho até a porta de pedras. Era muito bonito. Eram cheio de harmonia nas cores e nas pessoas que por ali viviam. Era perfeitamente encantador. Durante muito tempo, me disseram que eu encontraria aquele lugar, mais cedo ou mais tarde. De um forma, ou de outra. Eu ouvia falar tão bem daquele lugar, que resolvi dar uma breve espiada pelas grades do portão. Meus olhos quase não piscavam. Uma moça, de cabelos ruivo claro, vestindo um vestido floral branco, segurando uma cesta de piquenique na mão, parou a minha frente, e me olhou durante alguns segundos, até pelo menos eu perceber.
- Me desculpe, só estava olhando e... - tetei me explicar.

- Não, imagine. Fique a vontade. Este lugar é para se adimirar mesmo. - ela me interrompeu, sorrindo. Seu sorriso era radiante, como o sol. Encantador assim como aquela cidade. Enquanto ela sorria, eu ficava admirando a sua beleza. Ela não parecia naturalmente humana.
- Bem, devo imaginar que você gostaria d
e morar aqui, certo? - Ela continuou, notando que eu não diria nada.
- S-sim. O que devo fazer para entrar aí? - Gaguegei, empolgada.

- Não é algo tão difícil. Você só precisa... Amar. - ela sorriu. Um sorriso elegante.
- Não é tão difícil. Eu amo meus pais, meus amigos e... - disse. A ruiva pareceu ter ouvido algo engraçado nas minhas palavras e riu.

- Não é bem assim... Você precisa amar de uma forma incondicionalmente. Alguém que você pense em estar junto. - ela continuou.
- Você quis
dizer tipo um garoto? - tentei acertar.
- Sim. Exatamente isso. Você precisa amá-lo e traze-lo junto de voce até aqui.
- Pode ser qualquer um?
- Sim. Qualquer um. No amor não se escolhe. Não tem o certo nem o errado. Apenas existe. - ela se virou, e olhou para o pequeno parque do outro lado da rua. - Está vendo aqueles dois ali? Eles
apenas estudavam juntos. Mas não tinham mantinham nenhum relacionamento. Não eram amigos. Mas então, ela, se apaixonou por ele, e o trouxe até aqui. E hoje, os dois vivem um linda história de amor.
- Nossa, que bonito! Eu quero ser que nem eles. - disse, ainda observando o casal sentado sobre uma toalha quadriculada vermelha e branca, típica de piqueniques, rindo um do outros, entre beijos.
- Só basta amar. - ela virou para mim de volta, e sorriu. Sorri de volta para ela.
- E quando você e seu companheiro chegarem até aqui, lhes entregarei uma chave. Espero que ame-o incondicionalmente, como já disse. - Ela sorriu e seu foi.
Fiquei ali, observando aquele belo casal durante alguns minutos, e logo depois parti, em busca de algum garoto que eu pudesse amar.
To be Continued