31 de agosto de 2010

O fim.

Não, este não poderia ser meu fim. Num quarto, jogada na cama, ouvindo as mesmas velhas músicas que costumava ouvir há dois anos atrás, respirando oscilantemente, deixando lágrimas marcarem o colchão e desperdiçando sentimentos. Gostar de alguém nunca me pareceu ser doloroso. Até aquele momento.
Ele me parecia ser o tipo de pessoa que se importa quando você fala sobre seus problemas. Ele era o tipo de pessoa que você poderia falar de tudo. Como quando você odeia seu cabelo nas manhãs ou quando você se dá bronca por ter roído as unhas. Ele era simpático, tinha um sorriso perfeito, um cabelo escuro e talvez, quando quisesse, ele iria contar piadas para te alegrar. Seria o tipo de melhor amigo dos sonhos. Se eu quisesse, poderia chamá-lo de M.A e saberia que ele diria o mesmo em troca. Mas eu não queria assim. Queria que ele estivesse do meu lado. De um outro jeito. De um outro modo.
Eu tinha quase certeza do que sentia. Mas eu nunca liguei muito para ele. Ver ele todo dia online era normal para mim. Na verdade, eu não queria nunca mais falar com ele. Mesmo assim, meus olhos sempre se voltavam para o nick dele e eu sempre hesitei em clicar e dizer um 'oi'. Meu ego Minha vergonha sempre foi maior. Porque ele era demais. Demais para mim. E talvez, eu nunca tenha sentido tudo isso. Por medo de me apaixonar. Outra vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário