2 de setembro de 2010

Um ponto quase final.


Você diria que não me conhece se me visse chorando. Diria que aquela garota com a maquiagem borrada não era aquela que conheceu numa festa de quinze anos. Percebe como você só gosta do superficial? É, eu percebi.
Eu não me importva em estar bem para ninguém a cada minuto, não me importava se a maquiagem acabou justamente no dia em que eu iria lhe encontrar. Não era assim que as coisas funcionavam. Não era assim. Durante muito tempo as coisas que eram o sonho de consumo de todas as garotas me pareceram ser idiotas e perca de dinheiro. Mas quando você conhece um garoto, você descobre que é melhor você amar essas coisas.

Querer estar bem para alguém não deveria ser nossa prioridade. Querer estar bem deveria ser prioridade de estar bem para nós mesmas, não por eles ou para eles. Fazer chapinha todo dia não deveria ser obrigação para estar bonita e com cabelo liso para eles quando chegar a escola. Manter um sorriso, mesmo que às vezes o que queremos é chorar por não sermos notadas deveria ser proibido. Mas assim o fazemos.

Estar a fim de gente idiota sempre foi o meu forte, minha profissão. Sempre me interessei pelo diferente (até demais) e pelos que não ligam para nada além de vídeo games. Eu gostava de você justamente por não se importar com nada. Por não perceber nada do meu grande esforço para estar sempre boa para você. Por você. Bem, talvez você seja exatamente isso tudo: um idiota. E talvez eu demore muito tempo para acreditar nisso.

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