Leonina acordara furiosa numa madrugada de terça-feira. O telefone havera tocado altamente. Leonina, se levantou, e atendeu o telefone amarelo que estara no criado-mudo, ao lado de sua cama. "Alô" - disse Leonina. Ninguém respondera. Leonina disse outra vez: "Alô". Mas ninguém dizera nada. Ela desligou o telefone, e voltou para o aconchego de sua cama importada, voltou a descançar sua cabeça nos diversos travesseiros de penas de ganso que cobria uma parte de sua cama. Leonina tinha que acordar cedo, na manhã seguinte. O telefone tocou mais uma vez, e Leonina antendeu, sem se levantar desta vez. "Alô" - disse ela. Mas ninguém respondera. Então, ela já enfurecida, desligou o aparelho. Desta vez. não tocara novamente. Na manhã seguinte, Leonina, acordara apressada pra seu trabalho, num famoso jornal de Nova Iorque. Seu apartamento, sempre luxuoso, deslumbrante, e fino, sempre se encontrara vazio. Leonina não trancou a porta de seu apartamento. Ela morara num bairro muito nobre da cidade de Nova Iorque, não havera com o que se preocupar. Leonina abriu seu closet gigantesco, e pegou um lindo vestido feito por um famoso estilista. Havera uma porta dentro do closet, onde ficara seus sapatos, um mini closet. Escolheu um sapato lindíssimo, e voltou ao closet, e pegou um sobre-tudo marrom aveludado. Na portaria do prédio, pegou o jornal que o porteiro sempre lhe entregara todas as manhãs. Na sua garagem, seu carro, importado também, a aguardara. Leonina tinha tudo que precisara: um apartamento na cidade mais cobiçada do mundo, um carro deslumbrante, um emprego maravilhoso, e muito dinheiro. Leonina não sabera mais o que significara a palavra amor, e isso não a interessava mais, desde que seu marido a deixou, e levou seus três filhos: Lauren, Peter, e Harry. Lauren tinha oito anos, a caçula. Peter, o filho mais velho, com doze anos. E Harry, o filho do meio, dez.
Leonina como sempre, passara na cafeteria em frente ao escritório, onde trabalhara. Ela tomara suas torradas com geléia, com um café, enquanto lia o jornal, que, certamente, era o que ela trabalhara. Um homem, muito bonito, acabara de entrar na cafeteria. Leonina não havera reparado o rapaz, seus olhos estavam focados nas frases do jornal. "Olá" - disse o lindo rapaz. "Olá" - disse Leonina, sem ao menos desviar o olhar, para ver quem a cumprimentara. "Posso me sentar com você?" - disse o rapaz, educadamente. "Claro, sente-se. Eu já vou sair". - respondeu Leonina a pergunta do jovem moço. "Não, por favor, fique. Eu preciso falar com a senhora" - implorou o rapaz. Leonina enfim, olhou para o rapaz, e vendo seu rosto, não o reconheceu, então disse: "Me perdoe, mas nunca o vi na minha vida." O rapaz, sorriu, e disse: " Certamente não. Mas eu preciso lhe disser uma coisa." Leonina fixou-se nos olhos do rapaz. "Bem, ontem, pela madrugada, te ligaram, não foi?" - disse o rapaz. Leonina intrigada, respondeu um sonoro "sim". "Duas vezes." - confirmou o rapaz. Leonina arregalou os olhos, e disse: "Olhe, me desculpe, mas quem é você? Como você sabe disso?" - perguntou amedrontada Leonina. "Pode ficar tranquila senhora. Não sou nenhum maníaco, só quero o teu bem" - tranquilizou o rapaz. "Bem, senhora, eu sei quem era." - continuou o rapaz. "Sabe?" - disse ansiosa Leonina. "Sim". "Pois então, por favor, me diga. Eu preciso denunciar o engraçadinho" - disse vingativamente Leonina. "Acalme-se senhora, por favor. Jamais iriam prender essa pessoa" - completou o sábio rapaz. " Como assim?" - perguntou Leonina. "Na verdade, não é uma pessoa. É uma coisa. Um sentimento" - explicou ele. "Não entendo" - analisou Leonina. "Bem, senhora, certamente não irá entender, mas, eu tenho que lhe dizer. O amor te ligou ontem, pela madrugada" - disse o rapaz seriamente. "Você realmente espera que eu acredite nisso?" - se enfureceu Leonina. O rapaz tomou fôlego e disse: "Me diga, o que te faz viver? O que a faz feliz? Qual o seu motivo para ser feliz e viver? Senhora, me desculpe ser tão intrometido, mas... mas devo ser sincero quanto a isso: sua vida se tornou um ponto branco e vazio. Sua vida não está sendo vivida como merece ser. Seu marido e seus filhos estão morando do outro lado do país agora porque a senhora não deu o valor que eles mereciam. Sua vida se resume ao levantar, sair de casa, tomar café do outro lado do trabalho, e logo depois ir para o escritório. Lamento informar, mas... seu amor acabou. O sentimento mais bonito que uma pessoa pode ter, acabou. Ou pelo menos teve uma ‘pausa’. O seu trabalho é a única coisa que ama? Mas ele não é uma pessoa, é uma empresa. O amor pode estar nas coisas mais simples, senhora. A senhora não é tão velha quanto pensa. Porque não se permite umas férias e visite seus filhos? O seu amor de mãe acabou quando eles se mudaram? E, porque, não tentar se reconciliar com o seu marido, Leonina? Ele ainda a ama, e as únicas coisas que ele desejava, eram sua atenção, e o seu amor para com ele. Porque não telefona para eles? Porque não quer saber mais deles? Pare de sentir medo. De sentir a mesma dor que sentiu quando eles partiram, e ligue. E se não sair tudo como queria, pelo menos a senhora tentou. Por favor, um telefonema, um 'eu amo você, querido' já basta. Mas por favor, por favor, corra atrás, e redescubra o amor que está batendo a tua porta outra vez." Leonina, assustada como rapaz, abriu a bolsa e pegou o celular e disse: " Escute, quem é... você." O rapaz desaparecera. Leonina perguntou para o conhecido Steven - o homem que sempre estara atrás do balcão da cafeteria - para onde o rapaz que conversara com ela tinha ido. " Ah Leonina, está maluca? Não tinha nenhum homem sentado aí com a senhora." - disse, sorrindo Steven. Leonina olhou na direção onde o rapaz havia sentado, e viu um pequeno bilhete. Leonina o pegou, e leu. E nele estara escrito:
"Espero que seja feliz, Leonina. Espero que o amor que sempre houve aí dentro, renasça.
Siga em frente e telefone para o outro lado do país, e diga para eles que os ama.
Boa sorte,
Anjo do Amor."
Leonina como sempre, passara na cafeteria em frente ao escritório, onde trabalhara. Ela tomara suas torradas com geléia, com um café, enquanto lia o jornal, que, certamente, era o que ela trabalhara. Um homem, muito bonito, acabara de entrar na cafeteria. Leonina não havera reparado o rapaz, seus olhos estavam focados nas frases do jornal. "Olá" - disse o lindo rapaz. "Olá" - disse Leonina, sem ao menos desviar o olhar, para ver quem a cumprimentara. "Posso me sentar com você?" - disse o rapaz, educadamente. "Claro, sente-se. Eu já vou sair". - respondeu Leonina a pergunta do jovem moço. "Não, por favor, fique. Eu preciso falar com a senhora" - implorou o rapaz. Leonina enfim, olhou para o rapaz, e vendo seu rosto, não o reconheceu, então disse: "Me perdoe, mas nunca o vi na minha vida." O rapaz, sorriu, e disse: " Certamente não. Mas eu preciso lhe disser uma coisa." Leonina fixou-se nos olhos do rapaz. "Bem, ontem, pela madrugada, te ligaram, não foi?" - disse o rapaz. Leonina intrigada, respondeu um sonoro "sim". "Duas vezes." - confirmou o rapaz. Leonina arregalou os olhos, e disse: "Olhe, me desculpe, mas quem é você? Como você sabe disso?" - perguntou amedrontada Leonina. "Pode ficar tranquila senhora. Não sou nenhum maníaco, só quero o teu bem" - tranquilizou o rapaz. "Bem, senhora, eu sei quem era." - continuou o rapaz. "Sabe?" - disse ansiosa Leonina. "Sim". "Pois então, por favor, me diga. Eu preciso denunciar o engraçadinho" - disse vingativamente Leonina. "Acalme-se senhora, por favor. Jamais iriam prender essa pessoa" - completou o sábio rapaz. " Como assim?" - perguntou Leonina. "Na verdade, não é uma pessoa. É uma coisa. Um sentimento" - explicou ele. "Não entendo" - analisou Leonina. "Bem, senhora, certamente não irá entender, mas, eu tenho que lhe dizer. O amor te ligou ontem, pela madrugada" - disse o rapaz seriamente. "Você realmente espera que eu acredite nisso?" - se enfureceu Leonina. O rapaz tomou fôlego e disse: "Me diga, o que te faz viver? O que a faz feliz? Qual o seu motivo para ser feliz e viver? Senhora, me desculpe ser tão intrometido, mas... mas devo ser sincero quanto a isso: sua vida se tornou um ponto branco e vazio. Sua vida não está sendo vivida como merece ser. Seu marido e seus filhos estão morando do outro lado do país agora porque a senhora não deu o valor que eles mereciam. Sua vida se resume ao levantar, sair de casa, tomar café do outro lado do trabalho, e logo depois ir para o escritório. Lamento informar, mas... seu amor acabou. O sentimento mais bonito que uma pessoa pode ter, acabou. Ou pelo menos teve uma ‘pausa’. O seu trabalho é a única coisa que ama? Mas ele não é uma pessoa, é uma empresa. O amor pode estar nas coisas mais simples, senhora. A senhora não é tão velha quanto pensa. Porque não se permite umas férias e visite seus filhos? O seu amor de mãe acabou quando eles se mudaram? E, porque, não tentar se reconciliar com o seu marido, Leonina? Ele ainda a ama, e as únicas coisas que ele desejava, eram sua atenção, e o seu amor para com ele. Porque não telefona para eles? Porque não quer saber mais deles? Pare de sentir medo. De sentir a mesma dor que sentiu quando eles partiram, e ligue. E se não sair tudo como queria, pelo menos a senhora tentou. Por favor, um telefonema, um 'eu amo você, querido' já basta. Mas por favor, por favor, corra atrás, e redescubra o amor que está batendo a tua porta outra vez." Leonina, assustada como rapaz, abriu a bolsa e pegou o celular e disse: " Escute, quem é... você." O rapaz desaparecera. Leonina perguntou para o conhecido Steven - o homem que sempre estara atrás do balcão da cafeteria - para onde o rapaz que conversara com ela tinha ido. " Ah Leonina, está maluca? Não tinha nenhum homem sentado aí com a senhora." - disse, sorrindo Steven. Leonina olhou na direção onde o rapaz havia sentado, e viu um pequeno bilhete. Leonina o pegou, e leu. E nele estara escrito:
"Espero que seja feliz, Leonina. Espero que o amor que sempre houve aí dentro, renasça.
Siga em frente e telefone para o outro lado do país, e diga para eles que os ama.
Boa sorte,
Anjo do Amor."
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