14 de agosto de 2010

Ventos.


Eu olhei através da janela e vi o vento tocar nas folhas de cada árvore, fazendo-as soltarem de seus galhos chorando, implorando para continuar ali. Elas voaram junto com o vento para tão longe, mesmo não querendo. O vento as levou sabe se lá para onde, mas agora eu sei que elas provavelmente estão mortas. E é assim que as coisas funcionam.
Eu estava muito bem antes de você chegar, antes disso tudo mudar, antes do meu coração agir feito um completo idiota por se apaixonar por você. Eu nunca imaginei que um dia eu iria escrever algo sobre você porque eu achei que ia ser passageiro como o último segundo foi. Eu achei que jamais iria escrever uma canção, mas escrevi. Que jamais ouviria aquela música só porque ela me lembra de você.
Eu lembro da época quando eu ainda não estava nesse círculo vicioso. Quando eu não tinha nada ou ninguém para me preocupar. Lembro quando você não existia para mim, quando era apenas mais um em seis biliões. Mas agora, você me levou junto com você, como o vento fez na última noite com aquelas folhas inoscentes. Sem eu querer. Sem eu desejar. Sem eu me importar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário