12 de setembro de 2011

Sobre livros e corações partidos.

E eis que começo a me aventurar com outro livro, desses que falam sobre corações partidos. E enquanto folheava as páginas deste, eis que uma amiga se próxima e me faz a seguinte pergunta: "É sobre romance?", e eu, automaticamente digo: "Sim. Romance."
Não, não é bem um romance. Fala sobre o final de um relacionamento e isso, cá entre nós, não tem nada de romântico.
Afinal, o que haveria de genioso em um coração despedaçado em várias páginas? Não há nada que me inspire no livro, a não se pelo fato da história ser parecidíssima com a minha. Vejo eu e ele em todas as páginas, em cada frase, em cada palavra e em cada sílaba. É como se fossemos os modelos da obra do autor, como se fossemos o motivo para o livro existir.
Me culpo algumas vezes por sempre achar difícil parte dessa história. Não somos os únicos a passar por isso e ao mesmo tempo sou apenas eu e ele no mundo. Não sei se de fato isso acontece com todos os outros casais, mas particularmente, na minha história, imaginei e fantasiei que o mundo fosse apenas de nós dois, porque ele sempre pareceu ser meu enquanto eu e ele estávamos juntos.
Sempre pareceu eterno. Sempre pareceu durar mais do que a morte. E sempre costumávamos dizer "para sempre", até que o para sempre acabou. E é por isso e outras coisas, que prefiro histórias de livros, que morrem quando o fechamos, que doem sem doer e que vivem sem ter que morrer.

... Mas eu sempre vou me lembrar dos livros que li. Talvez não de todos, ou me lembre vagamente de alguns. Terão outros que marcarão, como o que estou lendo agora e outros que não ficarão na memória. E assim, são feitas as nossas lembranças. A minha e a dele. Talvez eu não me lembre de todas, ou me lembre vagamente de algumas. Terão outras que marcarão, como o fim que estamos vivendo agora e outros que não serão lembrados. E assim, é feito meu coração.

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